quinta-feira, 28 de março de 2013
Uma concepção estrutural - Comunicação e Cultura de Massa
Resumo do texto:
Repensando a cultura: uma concepção estrutural
Aluno: Edson Carvalho de Luna Freire
Professor: Marcelo Fonseca
Disciplina: Comunicação e Cultura de Massa
As formas simbólicas e os fenômenos culturais devem ser vistos como constituintes significativas e pela contextualização social no que tange as formas simbólicas.
Os métodos estruturalistas estão relacionados com os traços estruturais internos das formas simbólicas, enquanto a concepção estrutural da cultura preocupa-se com os contextos e os processos socialmente estruturados, já a concepção estrutural foca em evitar as limitações das abordagens estruturalistas.
Quanto ao autor apresenta cinco características das formas simbólicas, que são os seguintes aspectos: “intencionais”, “convencionais”, “estruturais”, “referenciais” e “contextuais”. Já os quatro aspectos mencionados possuem relação com o “significado”, “sentido”, “significação”, são ações, gestos, rituais, manifestações verbais, textos, programas de televisão e obras de arte exemplificadores de diferentes tipos de forma simbólica.
Elas também são expressões de um sujeito para um sujeito, ou seja, não produzidas, construídas, empregadas por um sujeito.
No modelo de um diário, o sujeito produtor escreve para um sujeito, ou seja, para ele mesmo. Nesse aspecto as formas simbólicas diferem dos padrões naturais de pedras em uma praia. Tal padrão não constitui formas simbólicas precisamente porque não são expressões de um sujeito e não são percebidos por tal. No que trata no aspecto convencional, a produção, construção ou emprego das formas simbólicas bem como a interpretação das mesmas pelos sujeitos que as recebem envolve aplicação de regras, códigos ou convenção de vários tipos.
Entre as regras, códigos e convenções envolvidos na produção; construção e emprego das formas simbólicas. No primeiro caso refere-se as regras de codificação enquanto que no último faz menção as regras de decodificação. Por exemplo: um texto produzido de acordo com as convenções do discurso científico pode ser interpretado por leitores subsequentes de diferentes maneiras como um trabalho de filosofia ou mitologia.
Para o Winch termina por povoar o mundo com regras para governar toda e qualquer ação que seja, vale lembrar que o mesmo não teve grande sucesso em suas convicções, pois há uma necessidade de estabelecer um caminho para investigação mais detalhada sobre as relações entre as regras, códigos e convenções envolvidas na produção dessas formas e na interpretação delas pelo sujeito que as recebe.
A terceira característica (aspecto “estrutural”) são construções que apresentam sua estrutura articulada, consiste de elementos em determinadas relações um com os outros, esses elementos e suas interrelações compõem uma estrutura que pode ser realizada da mesma forma. A análise dos traços estruturais da forma simbólica e a relação entre esses traços e as características do sistema são uma parte importante, porém limitada, do estudo das formas simbólicas, pois o significado transmitido pelas formas e constituídos com traços estruturais e elementos sistêmicos, ou seja, na análise desses traços e elementos podemos aprofundar nossa compreensão do significado transmitido pelas formas simbólicas.
Quanto ao referente de uma expressão ou figura não estabelece identificação ao “significado” de um signo, uma vez que o último, na abordagem de Saussure, é o conceito que é correlacionado com som-imagem ou significante, ou seja, tanto o significado como significante fazem parte integral do signo. Em oposição ao referente, o mesmo é um objeto, indivíduo ou situação extralinguística.
Para entender o aspecto referencial de uma forma simbólica, é necessária uma interpretação criativa que vai além da análise dos traços e elementos internos e que busque explicar o que está sendo representado (dito).
Entretanto a quarta característica das formas simbólicas como aspecto “referencial” representam algo, refere-se a algo, dizem algo sobre alguma coisa. Num determinado contexto pode substituir ou representar um objeto, indivíduo ou situação, bem como num sentido mais específico através do qual uma expressão linguística pode em uma determinada ocasião de uso, referir-se a um objeto particular. Exemplos: Uma figura em uma pintura renascentista pode significar ou representar o diabo a maldade humana, ou a morte; uma figura de uma charge em um jornal diário moderno, com os traços faciais levemente exagerados, pode se referir a um indivíduo particular ou a um agente político coletivo, etc.
Bartheis: “Eu vejo muito bem” em seu comentário sobre a Copa da Paris Match, “que ela significa para mim: que a França é um grande império, que todos os seus filhos sem qualquer discriminação de cor, servem, fielmente, sobre sua bandeira...”.
A interpretação busca reafirmar que é projetado pela imagem, explicando e articulando que a figura pode representar.
Portanto, a quinta característica trata-se do aspecto “contextual” estão sempre inseridas em processos e contextos sócio-históricos, específicos dentro dos quais são produzidos, transmitidos e recebidos, até mesmo uma simples frase referida por uma pessoa a outra no curso de sua interação diária está inserida no contexto social, carregando os seguintes traços: sotaque, entonação, modo de expressar-se, escolha de palavras, estilo de expressão, etc.
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