sábado, 10 de setembro de 2011

O professor de ontem, de hoje e de amanhã.

Se pensarmos na carreira profissional do professor na década de 70, observamos que esse educador era visto pela sociedade da época com certo respeito o que se refere a essa carreira.
Vale lembrar que o ensino não era sucateado pelos segmentos governamentais.
Embora houvesse resquícios da ditadura e o ensino fosse tradicional, o mestre era reconhecido pela sua dedicação à aprendizagem. Lembro-me de que a tia Alice comentava com a minha mãe que a professora de língua portuguesa parecia uma juíza pela forma de argumentar e contra argumentar sobre os conhecimentos expostos em suas aulas. Titia falou com ela que a Dona Dorotéia, expressava algumas expressões em latim.
Haja vista que os tempos mudaram, e com estas transformações essa categoria sofreu retalhamentos sejam nos âmbitos: econômico, social ou político. Surge o “super docente” (redentor da educação), pois com o advento da escola nova, o educador e o educando aproximaram-se mais no que tange as formas de aprendizagem.
O professor se tornou mais humanista, entretanto a escola passou, por diversas adequações como as seguintes: o aumento de números de alunos nas salas de aulas, redução de carga horária em algumas disciplinas; o número de turmas assumidas por esse profissional dentre outros fatores. Junto a essas transformações o docente incorporou a “educação da sobrevivência “da nossa herança cultural esse segmento era visto, como” sacerdócio”, com essas mudanças esqueceram-se de reintegrar por parte dos setores governamentais que esta categoria há de ser vista como as demais, portanto, professores e professoras não podem ensinar sem que haja uma remuneração adequada para a sobrevivência mínima para esta carreira, portanto, o professor, mestre, educador etc. não podem exercer essa profissão sem a valorização salarial. O educador tem de pagar suas contas, fazer cursos específicos de qualificação para a sua área, dentre outros fins.





Marcha Militar e das Escolas na Av. Ernani do Amaral Peixoto – 7 de setembro de 2011 – foto De Luna

A fotografia acima mostra a manifestação a favor das questões educacionais e há uma faixa escrita “A EDUCAÇÃO ESTÁ COM FOME” expressando a situação atual em que se encontra a educação.
Não podemos nivelar a educação a uma sala de aula com um número de alunos a mais do que o necessário e um professor para atender essa demanda. Seria falsear uma realidade em que se encontra a educação em nosso país.
Portanto, não devemos pensar que a “revolução educacional” se dará em curto prazo.
Reiterando, a escola não pode ser vista pelas redes públicas, privadas e os cidadãos como a extensão da família, e sim de forma institucional. Por exemplo: não temos o amigo do médico, do advogado, do engenheiro entre outras profissões. Por que há de se ter o amigo da escola?
Entretanto, há outros postulados a serem indagados, como os seguintes: Porque o professor tem de repor aulas após uma greve? Já que outras categorias não repõem dias de trabalho. Por que há de aumentar a carga horária de aulas no ensino público?
Poderia ser elaborara das diversas indagações a respeito deste profissional e de suas atividades à que tange questões diferenciais de uma categoria à outra.
Para exemplificar o panorama das questões inerentes a esta profissão e a este profissional.
Contudo, se a sociedade não despertar para outra “aurora” (outro amanhecer), essa categoria entrará no processo de escassez. Lembre-se de que as demais categorias da sociedade precisam de educadores.

Texto e foto: De Luna Freire - Direitos reservados

Nenhum comentário:

Postar um comentário